I edição da Virada Inclusiva Brasileira começa nesta sexta
Nacional 3/12/2021 – O festival foi criado para evidenciar a arte produzida por pessoas com deficiência e promover uma reflexão em torno da produção de uma arte por e para todos
Para fortalecer o protagonismo das pessoas com deficiência nas diversas linguagens artísticas, vem aí a primeira edição da Virada Inclusiva Brasileira, o Vibra. O evento nacional de artes múltiplas acontece de forma totalmente online, com transmissão pelo YouTube, iniciando as atividades no dia 3 de dezembro – Dia Internacional da Pessoa com Deficiência –, e seguindo até o dia 7 do mesmo mês.
Para fortalecer o protagonismo das pessoas com deficiência nas diversas linguagens artísticas, vem aí a I edição da Virada Inclusiva Brasileira, – Vibra –. O evento nacional de artes múltiplas acontece de forma online, com transmissão pelo YouTube, iniciando as atividades em 3 de dezembro – Dia Internacional da Pessoa com Deficiência –, e seguindo até 7 do mesmo mês. Na programação, que é gratuita, exposições fotográficas, oficinas, performances artísticas, mostra audiovisual com obras realizadas ou protagonizadas por pessoas com deficiência, lives e muito mais.
Segundo as produtoras Liliana Tavares, da Com Acessibilidade Comunicacional, e Germana Pereira, da Tangram Cultural, o Vibra foi criado para evidenciar a arte produzida por pessoas com deficiência e promover uma reflexão em torno da produção de uma arte por e para todos. Assim, artistas surdos, cegos, com paralisia cerebral e com síndrome de Down farão parte ativamente da programação, não apenas como espectadores, mas como protagonistas.
De acordo com elas, o projeto foi inspirado na Virada Inclusiva de São Paulo. “Mas resolvemos ampliar essa ideia para todo país e convidar artistas com deficiência e acadêmicos que pesquisam sobre inclusão e acessibilidade para interagir e compartilhar seus saberes”, explicam. Elas buscam estimular pessoas que trabalham na área artística a pensar e agir de forma mais inclusiva. A opção pelo formato web foi devido à pandemia, mas não somente. A intenção é também tornar o festival acessível para um número maior de pessoas.
Vale ressaltar que a programação do Vibra, uma iniciativa financiada pelo Funcultura-PE e Governo de Pernambuco, conta com o auxílio das três acessibilidades: audiodescrição, língua brasileira de sinais (Libra) e legenda para surdos e ensurdecidos (LSE).
Programação – A programação do Vibra será aberta às 10h, no dia 3, com a live “Visibilidade da pessoa com deficiência”, com por Fernanda Honorato (RJ), Felipe Gervásio (PE) e Tatiana Martins (PE). O papo, que abordará a visibilidade da pessoa com deficiência nas artes e os aspectos que podem ser melhorados quando o assunto é inclusão, abre as atividades das exposições fotográficas.
Uma delas é “Um Outro Olhar”, que retrata a beleza, resiliência e autoestima de pessoas com deficiência em Pernambuco, fruto de um projeto da ONG Deficiente Eficiente, em parceria com a Unicap, e organização de Renata Victor e Carolina Monteiro; e a exposição “Por Contato”, produzida por artistas pernambucanos surdos, com curadoria dos fotógrafos e arte-educadores Mateus Sá, Vládia Lima, Rachel Ellis e Eduardo Queiroga.
Também na sexta, às 15h, a live “O protagonismo da pessoa com deficiência no cinema” marca a abertura da mostra audiovisual. Na conversa, Lara Pozzobon (EUA) e Daniel Gonçalves (RJ) falam sobre o cinema como instrumento de expressão e representação da pessoa com deficiência.
A mostra audiovisual do Vibra traz curtas e longas-metragens realizados ou protagonizados por pessoas com deficiência. Serão três sessões. A primeira, “Assim Vivemos”, apresenta as obras “Mona”, “Meu nome é Daniel” e “O Artista e a Força do Pensamento”.
Na sessão Prêmio Serviço de Acessibilidades VerOuvindo, as obras pernambucanas: “EthxôNanduya”, “Inabitável” e “Mini Miss”. Fechando a mostra audiovisual, a sessão “Viradinha”, com a série pernambucana completa “Bia Desenha”.
Às 18h da sexta (3) rola a live “Poesia em Libras, ampliando o público por meio da tradução”, com Alan Godinho (PE) e Anderson Almeida (PI) falando sobre a poesia no universo surdo, as possibilidades de traduções e a expansão desse gênero para mais adeptos. Fechando o dia, às 20h, acontece a live “Dança e corpos singulares”, com Edu O (BA) e Daniella Forchetti (SP) dialogando sobre formas de dançar alternativas à dinâmica bípede.
No sábado (4), a programação recomeça às 10h com a live “Kubeo, o encantado”, com Raquel Kubeo (RS), que, através da contação de histórias, transporta o público para uma viagem à origem da humanidade segundo a narrativa do povo Kubeo e em seguida dialoga com Elisabet Sá (MG) sobre narrativas literárias, acessibilidade e inclusão.
Às 15h é a vez da live “A linguagem fotográfica e seus diversos olhares”, com Teco Barbero (SP) e Mariana Hora (PE), deficientes visual e auditivo, que contam suas experiências pessoais de acesso à arte fotográfica. Logo depois, às 18h, entra em cena a performance “Não importa a pergunta, a resposta é o amor”, com Dudu do Cavaco (MG), Leo Gontijo (MG) e Maestro Daniel Viana (MG) interpretando, ao vivo, sucessos da MPB.
Fechando o sábado, às 20h, Dudu do Cavaco (MG) e Leo Gontijo (MG) voltam à programação com a live “Música e inclusão”, com a presença de Maria Aída Barroso (PE).
O domingo (5) do Vibra inicia às 10h com o Sarau de Poesia, um espaço aberto a poetas para livre expressão artística com o mote “arte e resistência”. Depois, às 15h, contação da história “Abayomi: a boneca preta brasileira”, com a artesã Lena Martins (RJ) e vovó Tuninha.
Às 18h, o público poderá conferir a live “A realidade das salas de cinema e dos filmes acessíveis”, com Michele de Paula (SP) falando sobre a sua primeira experiência numa sala de cinema acessível. Também participam da conversa Michele Alheiros (PE) e Alessandro Vasconcelos (PE). Às 20h é a vez da live “O teatro e suas possibilidades”, com Moira Braga (RJ) e Carolina Teixeira (RN) em um papo sobre seus trabalhos no campo das artes cênicas e da acessibilidade.
Na segunda (6) e na terça-feira (7) serão realizadas oficinas. Às 10h Kilma Coutinho (PE) comanda o workshop “Expressar em forma de Desenho”. Depois, às 14h, é a vez da arte-educadora Gabi Severien (PE) ministrar a oficina “Boneca Abayomi”; fechando a programação, das 17h às 19h, Felipe Monteiro (RJ) comanda a oficina “Musicalização Acessível”.
Ao longo da programação, o público também poderá conferir cinco performances artísticas autorais, como o espetáculo “O que você vê!”, de Moira Braga (RJ); “Ah, se eu fosse Marylyn!”, de Edu O (BA); “Fotografia dos Sentidos”, com Teco Barbero (SP); o “Recife Vibrante”, com Alan Godinho (PE); e “Um Olhar Diferente”, com Michele de Paula (SP).
SERVIÇO
Quando: De 03 a 07/12
Onde: bit.ly/31nI0Js
Quanto: Gratuito
Mais informações: @vibra.viradainclusivabr
Website: https://www.youtube.com/channel/UCHeqN91qRRwnY6kD1eCnYvg