Doença renal atinge cerca de 15% da população mundial

De janeiro a outubro de 2023, foram realizadas cerca de 1,8 milhão de sessões de hemodiálise em Minas Gerais

Na segunda quinta-feira de março, é celebrado o Dia Mundial do Rim. De acordo com o United States Renal Data System (USRDS), no mundo, estima-se que 15% da população tenha algum grau de doença renal, desde o estágio inicial até o nível cinco, o mais grave, quando é recomendado o transplante. Um estudo realizado pela Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) aponta que a doença renal crônica seja a quinta maior causa de morte no mundo em 2040. Dados do Sistema de Informação Ambulatorial do Sistema Único de Saúde (SIA/SUS) afirmam que, no período de janeiro a outubro de 2023, foram realizadas cerca de 1,8 milhão de sessões de hemodiálise em Minas Gerais.

Os números alarmantes reforçam que entender os cuidados para a saúde dos rins é essencial para o bom funcionamento corporal e para evitar complicações da doença, que podem levar à morte. O rim é o responsável por filtrar o sangue, eliminar resíduos tóxicos, além de fazer o controle da pressão e do metabolismo. De acordo com o nefrologista da Hapvida NotreDame Intermédica, Wilson Mendes, a doença renal é silenciosa e raramente apresenta sintomas. Por isso a importância do diagnóstico precoce: um simples exame de sangue, para verificar a creatinina, e de urina são suficientes.

“Fraqueza, palidez, falta de ar, às vezes noturna, e inchaço nos pés são sinais de alerta e podem indicar um agravamento da doença renal. Em geral, os sintomas aparecem quando o paciente já está em um estágio mais avançado”, explica.

Hipertensão, diabetes e insuficiência cardíaca estão entre as principais causas de doenças renais crônicas no mundo. Fazer o acompanhamento médico dessas comorbidades é primordial para evitar o comprometimento da função do órgão. “Quem passa por hemodiálise ou está transplantado tem um risco dez vezes maior de mortalidade do que a população em geral por doenças do sistema cardiovascular, como infarto e AVC”, alerta o nefrologista.

Segundo o especialista, o transplante é a melhor solução para um paciente grau cinco por garantir melhor qualidade de vida. Ele, no entanto, ressalta que o tratamento deve continuar. “A prevenção, um dos pilares estratégicos do nosso modelo de negócio é sempre o melhor remédio. Por isso, a importância da prática de atividades físicas, do controle de peso, de uma dieta saudável, além do monitoramento da pressão arterial e do diabetes”, orienta.

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