Empresas apostam em terceirização de TI para driblar efeitos da pandemia

Curitiba, PR 23/2/2021 – O outsourcing é um movimento do mercado que favorece as pequenas empresas e brilha aos olhos dos grandes investidores.

A quarentena impulsionou a criação de novos negócios online e todos podem ganhar com isso: tanto as empresas que aumentam seu faturamento quanto as startups que promovem outsourcing de tecnologia e contam com investimentos milionários.

A digitalização bate à porta de empresas que adiaram ao máximo cuidar de sua presença on-line para atender a um consumidor cada vez mais exigente e imediatista. Diante de todo esse crescimento, a falta de profissionais qualificados para a área de tecnologia virou preocupação de todos.

Em uma recente análise feita pela Brasscom – Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação, até 2024 serão necessários 420 mil profissionais de tecnologia da informação (TI) somente no Brasil. O problema é que o país consegue formar aproximadamente 46 mil profissionais por ano. Sendo que, profissionais recém-formados não possuem experiência suficiente para entregas qualificadas e precisam aprender na prática. 

Nesse cenário, a terceirização de tecnologia e outros serviços surge como uma solução com a qual empresas de todos os tamanhos podem contar. A possibilidade de trazer mão de obra qualificada para projetos pontuais é chamada de outsourcing. Com a contratação de profissionais especializados em suas áreas, o objetivo do negócio é atingido mais facilmente, com menos tempo e esforço.

Mais digital, mais mão de obra, menos tempo

A empresa curitibana Materialize é uma das startups que surgiu de olho nesse problema. Criada em 2019 por Raphael Derosso Pereira e Maycon Santos, especialistas na área de tecnologia, ela vem resolvendo a falta de mão de obra qualificada nas áreas de TI e marketing. 

Buscando o amadurecimento digital e a economia de tempo de seus clientes, sua solução é otimizar prazos de entrega dos projetos, unindo metodologia ágil com o conhecimento técnico e sênior. Para isso, a startup conta com especialistas espalhados pelo Brasil, Alemanha, Suécia, Espanha e Canadá. Trabalham em diferentes fusos e turnos, desenvolvendo projetos digitais e de novos negócios online para seus parceiros. Uma fórmula disruptiva e alinhada com as novas projeções do mercado global de tecnologia.

Quem utilizou o outsourcing de técnicos especializados não tem do que reclamar. “Eu não tinha noção do quanto atuar só com especialistas poderia otimizar o orçamento. O normal é adicionar profissionais juniors na equipe para economizar. Mas é incrível como um especialista vai direto ao ponto e resolve com um tempo muito menor do que o outro profissional que precisa ser treinado”, conta Evandro Gonçalves, diretor executivo da Datatem.

Nessa rotina os profissionais escolhem a hora e local que funcionam melhor para seu rendimento. Não é home office, é trabalho remoto. “A Materialize nasceu remota e assíncrona em um ambiente pré-pandemia e na contramão da solução de Squads”, lembra Maycon Santos. 

O ponto defendido pelos sócios é de que especialistas possuem uma capacidade duas vezes maior de entrega com agilidade e qualidade do que profissionais iniciantes. Na outra ponta, profissionais especialistas em determinadas áreas, não buscam mais por um plano de carreira, mas sim um plano de vida. Eles ficam mais focados em sua produção e sem distrações do cotidiano de grandes empresas. “Em nossos históricos de atividades, os especialistas ‘workaholics’ possuem uma média máxima de 6 horas diárias, ou seja, há uma grande economia de tempo quando eliminamos a obrigação de cumprir horas”, conclui Santos.

O Aporte 

O outsourcing é um movimento do mercado que favorece as pequenas empresas e brilha aos olhos dos grandes investidores. A Materialize é mais uma startup da capital paranaense a receber um aporte para seu desenvolvimento. Os valores não foram revelados e serão investidos em inovações da plataforma digital utilizada por ela, além de seu crescimento comercial, esperando uma escalada nas vendas até o final do ano. “Queremos aproveitar esta fase bem aquecida do mercado, com digitalização e inovações das empresas, para conseguirmos atingir nossa meta estabelecida para 2021: triplicar o número de especialistas e crescer 300% em faturamento”, revela Douglas Carstens, CCO da startup. 

A investida veio da WestRock, contribuindo para que os objetivos da companhia sejam alcançados. A aceleradora foi criada por investidores da região sul do país e é focada no investimento em empresas com alto potencial de crescimento. 

Seu objetivo é ajudar empresas nascentes a escalarem seus negócios. “Quando conhecemos o modelo da Materialize ficamos entusiasmados, pois ela resolve uma grande dor do setor de tecnologia, comum no mundo todo, a falta de acesso a profissionais qualificados. O modelo criado por eles é escalável para qualquer lugar do mundo de forma muito rápida”, afirma um dos sócios da WestRock. 

Hoje, a Materialize atende clientes como a Escola Conquer, Buschle & Lepper, além de uma startup Francesa. Outras empresas que já contaram com os serviços são a RP Trader, BR Captura, Datatem, Ability, entre outras.

Website: http://www.materialize.pro

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