Desastres naturais provocaram grandes prejuízos á economia mundial
São Paulo 1/2/2022 – As empresas do mundo todo estão cada vez mais responsáveis e atentas à importância da preservação ambiental para o planeta.
O futuro do planeta, assim como das relações comerciais e, até mesmo da vida cotidiana estão sujeitos aos eventos meteorológicos extremos.
Em todo o mundo, os eventos meteorológicos extremos provocaram um prejuízo estimado de 2,5 trilhões de dólares em danos entre 2011 e 2020, 50% mais que na década anterior.
“Eventos climáticos extremos em 2021, incluindo congelamento invernal profundo, inundações, tempestades severas, ondas de calor e um grande furacão, resultaram em perdas anuais seguradas de catástrofes naturais estimadas em US$ 105 bilhões, a quarta maior alta desde 1970, de acordo com as estimativas do sigma preliminar do Swiss Re Institute”, relata Vininha F. Carvalho, economista e editora da Revista Ecotour News & Negócios (www.revistaecotour.news).
Embora o furacão Ida tenha sido o desastre natural mais caro em 2021, a tempestade de inverno Uri e outros eventos secundários causaram mais da metade das perdas totais, pois o acúmulo de riqueza e os efeitos da mudança climática em áreas sujeitas a desastres geraram muitos prejuízos. Desastres provocados pelo homem geraram outros US$ 7 bilhões em perdas seguradas, resultando em perdas globais seguradas estimadas de US$ 112 bilhões em 2021.
O evento mais caro na Europa, entretanto, foram as inundações de julho de 2021 na Alemanha, Bélgica e países vizinhos, causando até US$ 13 bilhões em perdas seguradas, em comparação com perdas econômicas de mais de US$ 40 bilhões. Isso indica uma lacuna de proteção contra inundações ainda muito grande na Europa. A enchente foi o desastre natural mais caro para a região desde 1970 e o segundo maior do mundo, depois da enchente de 2011 na Tailândia.
“Na Califórnia, os incêndios florestais destruíram, em particular, grandes áreas florestais, mas, em contraste com 2017, 2018 e 2020, invadiram áreas de menor concentração de propriedade”, pontua Vininha F. Carvalho.
As organizações ao redor do mundo, inclusive na América Latina, já estão empregando tecnologias avançadas de clima e inteligência artificial (IA) para enfrentar esses desafios. Por exemplo, a empresa brasileira de etanol, bioeletricidade e açúcar, a BP Bunge Bioenergia, usa dados ambientais e analítica geoespacial para entender melhor sua produção de cana-de-açúcar e otimizar suas estimativas inteligentes de mercado.
Na Espanha, o líder agroindustrial Cajamar usa insights extraídos de dados para ajudar os agricultores locais a melhorar o seu desempenho e reduzir o impacto ambiental.
O compromisso assumido pela iniciativa IFACC assegura o aporte de US$ 3 bilhões, sendo US$ 200 milhões até 2022, para a mobilização de instrumentos financeiros como empréstimos agrícolas, fundos de investimento em terras agrícolas, instrumentos de dívida corporativa e ofertas de mercado de capitais para facilitar a produção sustentável.
Lançada pela The Nature Conservancy e pela Tropical Forest Alliance (TFA), a IFACC é hospedada pelo World Economic Forum e pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. Seu objetivo é a promoção da produção de gado e soja livres de desmatamento na Amazônia, Chaco e Cerrado, o que protegerá a terra à medida que a indústria se expande.
“Os investimentos em infraestrutura apoiam o crescimento sustentável e a resiliência. Eles precisam ser aumentados. Somente nos EUA, a lacuna de investimento para manter infraestrutura crítica e obsoleta é de US$ 500 bilhões em média por ano até 2040. Em parceria com o setor público, a indústria de seguros é crítica para fortalecer a resiliência da sociedade aos riscos climáticos, investindo e subscrevendo infraestrutura sustentável”, salienta Jérôme Jean Haegeli, do Swiss Re’s Group Chief Economist.
“As empresas do mundo todo estão cada vez mais responsáveis e atentas à importância da preservação ambiental para o planeta. Para isso, as organizações estão adotando práticas de Environmental, Social and Corporate Governance (ESG), com o objetivo de conscientizar a sociedade para gerar um impacto cada vez menor ao meio ambiente, visando evitar a ocorrência desses eventos climáticos que afetam a sociedade de diferentes maneiras”, finaliza Vininha F. Carvalho.
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