Alta mortalidade leva funerárias à diversificação de serviços
20/10/2021 –
Empresas investem na diversificação dos serviços para se destacar diante da concorrência; especialista fala sobre a terapia pós-óbito, diferencial de um grupo de empresas do ramo
O setor funerário sempre se caracterizou por um crescimento econômico sólido e estável devido à sua relação direta com a taxa de mortalidade. No entanto, com a eclosão da pandemia de Covid-19 no Brasil, houve um crescimento de 30% na demanda por esse tipo de serviço em 2021, comparado a março de 2020, conforme dados da Abredif (Associação Brasileira de Empresas e Diretores do Setor Funerário).
A tendência de alta pôde ser sentida logo no primeiro mês da atual crise sanitária no país, em março de 2020, quando, de acordo com o mesmo órgão, foi registrado o crescimento de cerca de 12% na procura por serviços funerários em relação a março do ano anterior.
Se, por um lado, o número expressivo de mortes em decorrência da pandemia – já são mais de 600 mil – aumentou a demanda por serviços funerários, a concorrência trouxe à tona a necessidade de investir na diversificação dos serviços. Exemplo desse fenômeno, a Luna Assist, grupo de empresas do ramo funerário, apostou em serviços como o oferecimento de suporte psicológico para parentes e amigos das vítimas.
Segundo a Dra. Débora Sabongi, psicóloga da Luna Assist, o trabalho terapêutico tende a ajudar na conscientização do processo de perda de um ente querido. Nesse sentido, o grupo funerário apostou na chamada “terapia pós-óbito”, ofertando um suporte às famílias enlutadas que contratam os serviços da empresa.
“Em uma situação tão dolorosa como a perda de um amigo ou familiar, a terapia visa criar um ambiente que amenize o momento de dor e que possa trazer um alento para as famílias enlutadas”, explica.
Terapia pós-óbito pode ajudar no contexto de pandemia
A psicóloga destaca que já é bastante difícil aceitar a perda de alguém tão próximo. E, quando a morte ocorre com mais de uma pessoa querida, em um período curto – como tem sido na pandemia -, o choque se torna ainda maior.
“A crise sanitária assolou diversas famílias e destruiu muitos núcleos familiares. Pessoas que moravam com parentes, de repente se viram sozinhas. Lidar com o vazio em casa e na vida causou angústia e acabou levando inúmeras pessoas à depressão”, reflete.
Em tempo, uma pesquisa realizada pela USP (Universidade de São Paulo) em onze países revela que o Brasil lidera os casos de depressão e ansiedade durante a pandemia, com 63% da população sofrendo crises de ansiedade e 59% enfrentando quadros depressivos.
“Pensamos no cliente, em sua saúde emocional: como irá vivenciar a experiência? Será que conseguirá passar pelo processo de luto sozinho? Sabemos que todo apoio nestas situações é útil e válido, por isso estamos sempre pensando em formas de criar um ambiente que amenize esse momento de dor e que possa trazer um alento para as famílias enlutadas”, afirma a psicóloga.
Neste ponto, ainda segundo a Dra. Débora Sabongi, compreender e lidar com a dor emocional da perda e com a angústia causada pela morte de um ente querido até chegar à aceitação desta situação é um dos principais pontos a serem trabalhados.
“Não é nada fácil enfrentar o luto. Para muitos indivíduos, o momento é perturbador e, às vezes, confuso, pois muitos enlutados tentam manter uma postura de pessoa forte enquanto, por dentro, estão completamente devastadas. Assim, com a terapia pós-óbito, vamos ao encontro de uma necessidade do nosso cliente”, conclui.
Para mais informações, basta acessar: https://lunaassist.com.br/
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