Venda de imóveis no primeiro semestre deve ter melhor resultado dos últimos 10 anos em BH
Pesquisa do Instituto Data Secovi aponta aumento de 75% na quantidade de imóveis residenciais comercializados no primeiro quadrimestre deste ano na capital mineira
Divulgado nesta semana, um levantamento feito pela Câmara do Mercado Imobiliário e Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI/Secovi-MG) aponta que o primeiro quadrimestre de 2021 registrou aumento de 75% na quantidade de imóveis residenciais comercializados em Belo Horizonte na comparação com o mesmo período do ano passado: 7.964 unidades contra 4.546 unidades. Nos quatro primeiros meses deste ano, o valor médio do imóvel comercializado (apartamentos e casas) teve uma redução de 1,42%, passando de R$ 365 mil, em 2020, para R$ 360 mil em 2021.
No segmento comercial, houve aumento de 34% no número de unidades vendidas, que saltou de 852, em 2020, para 1.144 em 2021. O valor médio desses imóveis (salas, lojas, andares corridos e galpões) teve uma redução de 19%: R$ 236 mil, em 2020, para R$ 191 mil no primeiro quadrimestre do ano.
Quanto fechamento do semestre, o diretor da CMI/Secovi-MG, Leonardo Matos, avalia que as expectativas são muito positivas. “Se os números acompanharem esse ritmo, a tendência é de que o primeiro semestre deste ano seja o melhor para o mercado imobiliário de BH nos últimos 10 anos”, afirma. Ele destaca, como um dos principais fatores, a taxa Selic, que continua em patamares bem baixos (4,25% ao ano), sendo que, em 2011, essa média foi de 11%. “Isso demonstra que o ano de 2021 tem muito potencial e pode ser bem melhor que 2011, pois o crédito imobiliário está mais acessível e mais barato”, revela.
De acordo com o diretor da CMI/Secovi-MG e responsável pelo Instituto Data Secovi, Leonardo Matos, o mercado imobiliário, de maneira geral, está muito aquecido, com os segmentos residencial e comercial “performando bem acima do ano anterior”. “Lembrando que temos uma base de comparação baixa em função do desempenho nos meses de março e abril do ano passado, que foram extremamente impactados pelo isolamento social”, explica.
Nesse sentido, o especialista destaca que, mesmo ao analisar os dados retirando o “efeito pandemia”, os números apontam que o setor cresceu mais que no ano de 2019. Segundo a pesquisa, a comercialização de imóveis residenciais, de janeiro a abril deste ano, cresceu 59% em relação a 2019 (7.964 unidades contra 5.001). Analisando o segmento comercial, houve uma redução de apenas 30 unidades em relação ao primeiro quadrimestre de 2019, algo considerado irrelevante, conforme explica Leonardo Matos.
Na avaliação da presidente da CMI/Secovi-MG, Cássia Ximenes, o cenário demonstra o potencial de crescimento do setor neste ano. “Os desejos de moradia continuam entre os fatores que mais contribuem para os bons resultados do mercado imobiliário desde o início da pandemia. Somam-se a isso as facilidades de crédito imobiliário e digitalização do atendimento, em que diversos fechamentos de contratos foram realizados virtualmente com plena segurança jurídica e física”, destaca.