Especialista alerta para golpes financeiros durante o Carnaval
Fraudes mais comuns são relacionadas a cartões de crédito nas maquininhas
O período de Carnaval antecipado verificado, nos últimos dias, em Minas Gerais é uma amostra de como a maior festa popular do Brasil vai agitar as cidades com bloquinhos de rua, festas privadas e desfiles em avenidas. No próximo fim de semana, a folia de Momo oficialmente começa e promete levar muita animação e samba no pé até, no mínimo, o dia 21 de fevereiro.
No entanto, as pessoas precisam prestar atenção também para não serem vítimas dos famosos golpes que costumam ocorrer quando há grandes aglomerações e festas de rua. As principais fraudes são as trocas de cartão ou a mudança de valor na maquininha, tentando fazer uma “pegadinha” com algum folião mais distraído. E isso pode sair muito caro.
“Uma primeira dica que dou é que nunca se deve entregar o cartão para outra pessoa inserir na maquininha ou pagar por aproximação, porque corre-se o risco de ele ser trocado na devolução. Também é importante observar, com atenção redobrada, qual o valor digitado para se evitar prejuízos indesejados”, afirma Carolina Ramos, diretora superintendente da Unicred Central Multirregional. “Outra dica é evitar levar pra folia celular que possui todos os apps de instituições financeiras”, complementa.
A própria Federação Brasileira de Bancos (Febraban) lista uma série de alertas para que as pessoas não sejam vítimas de crimes financeiros. Além de não deixar terceiros manusearem o cartão, é importante não deixar que ninguém veja a senha utilizada e não cair no discurso de que o visor da máquina está quebrado ou que não está imprimindo comprovante.
Para Carolina Ramos, outra medida eficaz contra os golpes é não guardar senhas, especialmente instituições financeiras, em blocos de anotação ou aplicativos no celular. Também não se deve guardar papéis com esses números nos bolsos ou nas carteiras.
Os mesmos cuidados valem para pagamentos via Pix. Nesse caso, é essencial confirmar se o QR Code indicado ou a transferência está com o valor correto e indo para a pessoa certa. Diminuir os limites de transação, seja do PIX ou de cartões, também pode ser uma medida preventiva provisória eficiente, segundo a especialista.
Mas se acontecer de o folião, mesmo tomando cuidados, cair em algum golpe e só perceber depois, Carolina Ramos diz que o primeiro passo é entrar em contato com a instituição financeira e explicar toda a situação. “Quanto mais rápido avisar, maior a chance de a instituição tentar invalidar a transação, além de bloquear o cartão imediatamente. Também é recomendável lavrar um boletim de ocorrência em um posto policial”.