Mobilidade urbana visa promover um deslocamento cada vez mais sustentável
São Paulo -SP 12/1/2022 – Até pouco tempo atrás, era impensável que bicicletas, patinetes e scooters, por exemplo, pudessem conviver com veículos motorizados.
Iniciativas buscam fortalecer o propósito de impactar positivamente a mobilidade urbana,
Atualmente, muitas iniciativas têm surgido com o propósito de impactar positivamente a mobilidade urbana, relacionando os benefícios da qualidade de vida dos cidadãos à preservação do meio ambiente.
“Tendo em vista a atual discussão e atuação do Brasil na COP26 sobre a redução da emissão de carbono em 50% até 2030, a sociedade precisará promover cada vez mais uma mobilidade urbana sustentável e coletiva”, salienta Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News & Negócios (www.revistaecotour.news).
O transporte coletivo é um dos principais meios de deslocamento sustentáveis em grandes cidades. Um levantamento realizado pelo Instituto Clima e Sociedade, aponta que 53% dos moradores de regiões metropolitanas utilizam ônibus cotidianamente. Ao mesmo tempo em que transportam mais pessoas, os ônibus ocupam um espaço 21 vezes menor nas vias, se comparado aos carros. De acordo com a Associação Nacional das Empresas de Transporte (NTU), basta um ônibus para que 40 carros deixem de sair às ruas.
Devido a essa praticidade, os ônibus são considerados parte fundamental para as soluções em busca de uma mobilidade urbana sustentável. Cidades em todo o mundo enfrentam os impactos negativos que o excesso de carros provoca. Isto corresponde a 72% de toda a poluição do setor, e transportam apenas 30% das pessoas.
Segundo levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), divulgado no Comunicado 113, realizado em 2011, os ônibus são oito vezes menos poluentes que os carros e quatro vezes menos poluentes que as motos.
Segundo Danilo Tamelini, co-fundador e presidente LATAM da Busup, na cidade de São Paulo, 1,6% da frota de ônibus são elétricos, a expectativa é que chegue a 18,7%. Dos 219 ônibus elétricos que compõem a frota da capital, 18 são de modelos modernos, alimentados por baterias recarregáveis. Os demais são trólebus, que se utilizam de linhas aéreas para obter energia. Mudanças significativas como essas, mudam todo o cenário de mobilidade urbana, a meta da gestão municipal para ampliar a frota de transporte elétrico é adicionar mais 2,6 mil ônibus até 2024.
A micromobilidade também é importante e, até pouco tempo atrás, era impensável que bicicletas, patinetes e scooters, por exemplo, pudessem conviver com veículos motorizados. Somente na China, cerca de 700 milhões de viagens por dia foram feitas em e-bikes e e-scooters em 2020, de acordo com a consultoria WSGN.
“No Brasil, se em 2020 o mercado de bicicletas viveu um momento especial, o primeiro semestre de 2021 aponta que o segmento continua em alta: o país registrou média de 34,17% de aumento nas vendas de bikes em comparação ao mesmo período do ano passado, de acordo com dados da Aliança Bike (Associação Brasileira do Setor de Bicicletas)”, relata Vininha F. Carvalho.
“Os dados e fatos mostram a busca do consumidor por uma mobilidade mais fluida e poder de escolha. Precisamos estimular a discussão de como as cidades precisam estar preparadas para um novo ciclo de mobilidade visando melhorar a vida dos seus cidadãos, que querem se deslocar com agilidade, segurança, economia e o máximo de conforto possível”, ressalta André Turquetto, diretor geral da Veloe.
Ônibus, trem, metrô, transportes coletivos, fretados, carros e bicicletas são algumas das opções mais comuns, porém, o desafio do futuro das cidades e da própria mobilidade urbana é deixar esse movimento de deslocamento cada vez mais sustentável.
“A fim de criar ações para melhorar a qualidade do ar as ações adotadas pelo governo devem incluir a utilização de veículos elétricos e projetos que possam incentivar estratégias para mobilidade corporativa. Menos carros nas ruas impactam na diminuição de CO2 na atmosfera, cria ambientes mais sustentáveis, menos barulho e poluição nas cidades, diminuição de despesas de deslocamento e aumento de produtividade”, finaliza Vininha F. Carvalho.
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