Um quarto das PMEs fecham as portas por falta de controle interno e financeiro

São Paulo, SP 11/10/2021 – Mesmo não havendo espaço para o crescimento das vendas, a obtenção do lucro pode estar no controle dos custos e dos prejuízos

A falta de sistema de controle interno e financeiro que assegurem registros eficientes de dados contábeis e operacionais geram perdas financeiras, e consequentemente os fechamentos

A taxa de fechamento de pequenas e médias empresas (PMEs) aumentou no início deste ano em todo o mundo, e entre os principais motivos estão a falta de controle financeiro, de gerenciamento de controle interno e de um plano voltado para prevenir perdas, segundo a pesquisa realizada pelo Facebook e divulgada pela Agência Brasil. De acordo com o levantamento, em outubro do ano passado (2020), os fechamentos tinham se estabilizado após as altas taxas de maio. Quase um quarto (24%) das PMEs relataram, em fevereiro de 2021, seu fechamento, em comparação com uma média global de 16% em outubro de 2020 e de 29% em maio do mesmo ano. No mundo, 25% desses negócios foram fechados. 

Para elaborar o Global State of Small Business Report (Relatório Global Sobre a Situação das Pequenas Empresas), o Facebook pesquisou, em fevereiro, mais de 35 mil líderes de PMEs com página na rede social. 

Com o aceleramento tecnológico e a velocidade em que as informações são produzidas, o gerenciamento dos processos nas organizações tornou-se de grande relevância por elas dependerem de informações (dados) para operar e gerar lucro, o que passou a melhorar procedimentos e controles internos usados como estratégia para consolidar e prevenir perdas financeiras, evitando fechamentos, afirma Roberto Aparecido Martiniano, graduado em Administração de Empresas com ênfase na área financeira contábil e com MBA em Controladoria e Gestão Estratégica de Negócios.

“A maioria das empresas possui dados em meios eletrônicos, mesmo as PMEs, mas nem sempre tomam as devidas precauções para que essa informação não se perca. A perda de informações pode, na grande maioria das vezes, causar sérios problemas para o negócio e para a imagem da empresa, além de levar ao risco de ter suas atividades interrompidas definitivamente”, explica o administrador de empresas.

Do ponto de vista financeiro, Roberto observa que é preciso dar uma atenção especial aos procedimentos e controles internos de uma empresa. Ele lembra que a pequena ou média empresa que não possui controle da operação financeira, acaba criando dificuldade para enxergar a realidade das perdas, impactando diretamente no resultado final.

Martiniano ainda informa que os benefícios dos controles internos são amplos e possibilitam auxiliar a empresa a se lançar em novos mercados, de forma mais competitiva e arrojada. Ao obter um melhor controle das informações, a organização consegue fornecer com eficiência uma melhor visão de mercado e a posição onde está inserida para, assim, poder fazer uma projeção de futuro e crescimento.

De acordo com o relatório do Facebook, 62% das PMEs, em todo o mundo, fizeram pelo menos uma mudança na forma de administrar a empresa para se adaptar ao ambiente de negócios na pandemia da covid-19, o que incluiu mudanças nos processos internos.  As empresas em países de renda média eram mais propensas a fazer mudanças, com 68% em comparação com 55% para as PMEs em países de alta renda. As PMEs são responsáveis por 60% a 70% dos empregos na maioria dos países.

Conforme o especialista, o mercado competitivo com margens de lucro apertadas, como o atual, gera insegurança nos negócios, mas possuir procedimentos de controles internos efetivos na empresa vai propiciar maiores chances de reduzir e prevenir perdas financeiras.

“É exatamente nesse ponto que as organizações conseguem aumentar a sua lucratividade. Com a experiência que tenho no gerenciamento contábil financeiro, em consultoria de vendas e negócios corporativos, posso dizer que mesmo não havendo espaço para o crescimento das vendas, a obtenção do lucro pode estar no controle dos custos e dos prejuízos, tornando o negócio viável e rentável”, conclui Roberto Martiniano.

 

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