Entidade mineira destaca importância da construção civil para o desenvolvimento econômico
Sinduscon-MG elegeu nova diretoria neste mês
O Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG) elegeu, neste mês, uma nova diretoria, que já traçou perspectivas de trabalho para os próximos anos. A nova gestão, que toma posse em setembro, pretende fomentar iniciativas para o maior desenvolvimento da atividade e fortalecimento do papel estratégico do setor na economia mineira, assim como em todo o país.
Em 2020, ano em que a pandemia chegou ao Brasil, a construção civil se destacou como o segmento que mais gerou novos postos de trabalho, com 105 mil vagas de carteira assinada. Minas Gerais ocupou a segunda melhor posição no ranking de novos empregos no setor (23,6 mil). Os canteiros de obras se mantiveram ativos e contribuíram para evitar uma depressão ainda maior no mercado de trabalho nacional. Mas isso não significa ausência de desafios. Há 13 meses consecutivos, o setor vivencia uma forte elevação nos preços dos seus insumos, o que pressiona os custos da atividade.
O presidente da entidade, Renato Michel, eleito para o triênio 2021/2024, ressalta a importância da construção fazer parte de uma agenda positiva que vislumbre o desenvolvimento econômico sustentado do país. “Inúmeros indicadores evidenciam a importância econômica do setor para o desenvolvimento nacional. Exemplos não faltam. Cada real investido na produção de uma nova habitação representará um investimento total de R$ 2,46, ou seja, o valor da produção mais do que dobra. Além disso, ao encerrar o ciclo de uma edificação, e entrega das chaves, a construção civil residencial ainda é capaz de gerar mais 36% dos valores das moradias em termos de demanda para diversos outros setores da economia, como mobiliário, produtos de madeira e eletrônicos”, afirma.
O novo titular do Sinduscon-MG também destaca que a relevância do segmento não é apenas econômica, mas também social: na expressiva geração de emprego e melhoria da qualidade de vida da população. “Essa análise fica evidente quando consideramos que o setor emprega quase 2,5 milhões de trabalhadores com carteira assinada. Nos últimos 12 meses, encerrados em junho, a construção criou, em todo o Brasil, 322.697 novas vagas. Isso significa que, nesse período, foram gerados, em média, 1.275 novos empregos com carteira assinada por dia útil. Em um país onde o desemprego atinge mais de 14 milhões de pessoas, esse número ganha ainda mais relevância”, analisa.
Outro assunto destacado por Michel diz respeito ao déficit habitacional brasileiro. “As atividades da construção também são essenciais para ajudar a reduzir uma triste realidade que o país tem, que é um déficit habitacional de 5,877 milhões de moradias”, pontua. Nesse contexto, ele ressalta que a região metropolitana de Belo Horizonte convive com um baixo patamar de estoque de unidades novas disponíveis para comercialização.
“Vamos trabalhar para que o mercado imobiliário tenha condições de se desenvolver, de lançar mais empreendimentos na região, proporcionando maior acesso à casa própria para as famílias. Pretendemos manter um bom diálogo com os governos municipais, estadual e federal. Além disso, manteremos o propósito de trabalhar em conjunto com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) para buscar, cada vez mais, a redução das barreiras impostas ao maior desenvolvimento do segmento”, destaca Renato Michel.