Startup promove liberdade de gênero e empreendedorismo feminino com atendimento exclusivo focado nas vítimas de violência doméstica

Americana/SP – Brasil 30/6/2021 – Conhecimento é Poder. Uma pessoa (mulher) com conhecimento, é uma pessoa com poder sobre sua vida e suas decisões.

Plataforma AconselhaMe! promove empoderamento feminino com apoio, aconselhamentos, cursos e mentorias feitas exclusivamente por mulheres

O Brasil ocupa o 97º lugar em uma classificação de 193 países no mundo quando o assunto é igualdade de gênero, segundo o WEF (Fórum Econômico Mundial).

As brasileiras estudam mais que os homens, na população com 25 anos ou mais, 19,4% das mulheres e 15,1% dos homens têm nível superior. E mesmo estudando mais, as mulheres ainda ganham até 30% menos que o homem na mesma função. O Brasil está diante da menor participação de mulheres no mercado de trabalho dos últimos 30 anos no Brasil, de acordo com o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). 90% das mulheres acima de 18 anos já passou por algum tipo de violência, seja física, psicológica, sexual, moral ou patrimonial.

Quando uma mulher nas mesmas condições de conhecimento que um homem ganha menos que ele, ela está sendo vítima de violência moral e patrimonial pela sociedade. E isso é crime.

Já entre as meninas e adolescentes, a situação também é grave, apenas 1 a cada 100 meninas vítimas de abuso sexual busca ajuda, segundo relatório do Unicef, ao menos 15 milhões de meninas adolescentes de todo o mundo já foram forçadas a fazer sexo. O Unicef disse que a violência sexual generalizada contra meninas adolescentes pode prejudicar o progresso global para se atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) – um plano para acabar com a pobreza e a fome, obter a igualdade de gênero e proteger o planeta até 2030.”A ideia de as mulheres estarem à disposição dos homens é uma grande causadora da experiência de violência sexual de meninas”, disse a autora do relatório, Claudia Cappa, à Thomson Reuters Foundation.

Flávia Medule, idealizadora da Plataforma AconselhaMe!, conta que, quando criança, passava boa parte do tempo ouvindo a conversa dos adultos.
Ficava ali só ouvindo e pensando, sempre quieta. As conversas giravam sempre em torno do relacionamento dos casais. Ela achava que tudo aquilo não fazia sentido, ouvia algumas mulheres falando que odiavam sexo, ela se perguntava: “Então pra que casou?” Se sexo faz parte do casamento? Como essa pessoa foi casar? Quando tinha 10 anos decidiu que quando crescesse iria ensinar as pessoas a namorar. Ela via as outras meninas todas eufóricas com rapazes, por motivos fúteis. Uma vez quando ela tinha 11 anos, sofreu uma tentativa de assedio de um rapaz de 23 anos, o qual sabia sua idade e era fonte de interesse de outras meninas menores de idade, devido ao fato de ter uma moto e olhos claros. A partir daí decidiu que ninguém iria fazê-la de imbecil.
Que só agiria pela razão. E que se amaria acima de tudo.

Flávia conta também que sempre levou a sua vida amorosa, no privado. O que ela fazia, com quem fazia, não era da conta de ninguém. “A vida era sua e as consequências dos seus atos também eram de sua responsabilidade”. Para todos, ela era uma menina tola e que quando começasse a namorar iria sofrer nas mãos dos homens. Acontece que ela sempre acreditou no conhecimento, na ciência e que o aprendizado era libertador. Se transformou em autodidata em comportamento humano, sexualidade e relacionamento; lendo muito e também observando tudo e todos ao seu redor. Metodologia que havia aprendido desde criança com a doutrina espírita, a qual segue até os dias de hoje e também encaminha seus filhos.

Aos 19 anos conheceu o seu marido, Fábio, e passaram a ter uma “amizade colorida”, aos 22 anos começaram a namorar, foi aí que as pessoas descobriram que eles já se conheciam. Quando ela estava com 30 anos se casaram. Aos 35 decidiram formar uma família, adotar. Os filhos chegaram 4 dias antes de fazerem 10 anos de casados. Entre a decisão de adotar e a chegada deles, Flávia estudou sobre educação de filhos, queria estar preparada. Por causa das suas limitações físicas ela não quis adotar uma criança com deficiência física ou intelectual por saber que não seria capaz de cuidar como deveria ser, também não quis bebê. As crianças que o Cadastro Nacional de Adoção os apresentou eram como eles queriam. Um casal (ele com 10 e ela com 3 anos na época) Seu filho era muito saudável e esperto. A filha era uma tagarela pior que ela, só tinha uma alergia muito forte. Pensou: “Alergia pra mim, não é problema”.

Acontece que não seria tão fácil assim. Por vários motivos, ela precisou conversar com médicos, psicólogos, pedagogos, professores e mais uma infinidade de profissionais para lhes ajudar a cuidar deles. Flávia e Fábio descobriram que criança não vem com manual de instrução de fábrica, que tudo que haviam estudado ainda era pouco, e sempre será para compreender o universo complexo que é um ser humano, mesmo quando criança.

Foi com esse olhar que pensou: “Seria tão bom se ao invés de procurar as respostas no Google e/ou esperar até o dia da consulta para conversar com um profissional, se eu pudesse fazer isso por aqui mesmo, da minha casa falar com profissionais que podem me orientar”.

Em contrapartida, as crianças exigiam uma grande parcela do seu tempo, da sua energia e estava difícil trabalhar, produzir, o que é uma coisa que ela faz com paixão. Pensou: “Outras mulheres também passam por isso”. E se elas pudessem atender de forma online? Sem ter que sair de casa? Elas poderiam escolher o tempo e o horário que vão ficar disponível ao trabalho. E não vão mais ter que se preocupar em “pedir dinheiro ao marido”. Terão sua independência financeira.

Foi assim que ela idealizou a plataforma. Unindo pessoas que precisam de ajuda a mulheres profissionais qualificadas que podem ajudar, e com isso ter renda, trabalho, sua valorização com total liberdade de horários e assim conciliar todos os seus papéis na sociedade.

Flávia ainda salienta que viu muitas mulheres fazendo tanto mal ou até mais mal a outras mulheres por machismo, ideias ultrapassadas, falta de sororidade e empatia. O que ela quer é que no futuro as pessoas sejam livres para serem o que quiserem, independentemente de sua cor, raça, religião, origem, gênero.

Seu objetivo é que no futuro as mulheres possam sair sem roupa na rua e, apesar desta exposição não serem atacadas por um homem que não pode se controlar, negros não sejam suspeitos pela sua cor.

Que as pessoas sejam respeitadas por quem são e não por como se apresentem.

Website: https://www.aconselhame.com.br/

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