Em época de restrições, centros comerciais de vizinhança são preferência entre os varejistas
São Paulo 22/12/2020 – “A pandemia acelerou o crescimento dos strip malls, já que as pessoas passaram a consumir mais perto de casa, optando por resolver tudo em um só lugar”
Strip malls despontam como uma opção para varejistas que pretendem gastar menos na comparação com os shopping centers
Originários dos Estados Unidos, os strip malls – ou centros comerciais de vizinhança – são cada vez mais buscados pelos varejistas, especialmente em tempo de restrições orçamentárias. Só de associados à Associação Brasileira de Strip Malls (ABMalls) já são cerca de 150 empreendimentos.
Esse êxodo tem alguns motivos, incluindo economia e mudança de perfil do consumidor, que agora prefere fazer compras e resolver questões do dia a dia em um só lugar, perto de casa. Estima-se que, na comparação com os shopping centers, os custos podem ser drasticamente menores para o lojista (cerca de dez vezes menores).
Vistos como alternativa entre os shopping centers e comércio de rua, os strip malls fazem parte do varejo de proximidade. Nesse sistema, geralmente existe uma loja-âncora, como supermercado ou grande rede de âmbito nacional ou regional e um mix de estabelecimentos voltados a conveniência e serviços.
“A pandemia acelerou o crescimento dos strip malls, já que as pessoas passaram a consumir mais perto de casa, optando por resolver tudo em um só lugar”, destaca Marcos Saad, sócio-fundador da MEC Malls, empresa gestora de strip malls, e presidente da ABMalls.
Outro dado importante diz respeito ao posicionamento desses strip malls, que, além das grandes cidades, foram também para o interior de grandes capitais.
Segundo um censo da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) de 2018, 56% do total de empreendimentos do tipo em atividade no Brasil estava em cidades do interior, ao passo que 43,7% ficavam nas capitais.
Na comparação com os shopping centers, que têm altos custos de locação, condomínio e estrutura mais robusta, os strip malls se destacam porque trazem a mesma segurança ao lojista, com mix de lojas que beneficia a todos, porém custando menos.
Como o objetivo do strip mall é conquistar o cliente que está de passagem ou mora nas redondezas, é fundamental que esse espaço reúna lojas de conveniência, serviços de beleza, pet shop, supermercado, drogaria, escola de idiomas e outros serviços que facilitem o dia a dia.
De acordo com a cartilha da Associação Brasileira de Strip Malls, para pertencer a essa categoria, um empreendimento deve ter:
· Lojas voltadas ao comércio varejista;
· Administração centralizada;
· Estacionamento em frente às lojas;
· Sem corredores abertos para interligar as lojas;
· Espaços em forma de “L” ou “U”;
· De mil a 5 mil metros quadrados de ABL.
“Os strip malls também trazem a vantagem de serem espaços abertos para convivência, possibilitando que o cliente tenha mais segurança em tempos de distanciamento social”, completa Mario Thurler, sócio da MEC Malls. “Muitos lojistas já iniciaram seu processo de migração para esses empreendimentos e a tendência é esse número aumentar”, destaca.
Website: http://www.mecmalls.com