Pandemia faz com que o brasileiro abrace mais o empreendedorismo

São Paulo – SP 2/12/2020 –

A pandemia do novo coronavírus causou um gigantesco dano sanitário ao Brasil e ao mundo inteiro. Só no nosso país, já são 167 mil mortes, com o ritmo acelerando nos últimos dias, dando indícios de uma segunda onda da Covid-19, segundo alguns especialistas. No entanto, além dos danos causados em vidas humanas, a pandemia também causou danos econômicos gravíssimos.

De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a taxa de desemprego no país em agosto chegou a 14,4%, com 13,8 milhões de pessoas sem ocupação no momento. Só em 3 meses de pandemia, foram fechados 4,3 milhões de empregos, com 79 milhões de pessoas fora da força de trabalho tradicional – um número recorde.

Esse cenário pode ser desalentador para quem é trabalhador. Por causa da situação, muitas pessoas acabaram empurradas para o empreendedorismo – e essa pode ser justamente a saída para a crise.

Segundo dados oficiais do Portal do Empreendedor, o número de novos cadastros no MEI (Microempreendedor Individual) teve um aumento de 14,8%. Além disso, mais de 1,1 milhão de formalizações de empresas foram registradas do final de fevereiro até o final de setembro deste ano. De acordo com especialistas, isso só pode ter um significado: o brasileiro está abraçando o empreendedorismo.

“Sem dúvida nenhuma, os números indicam que a solução para o brasileiro enfrentar a crise tem sido arregaçar as mangas e empreender da melhor maneira possível em um cenário de crise”, explica Renato Ramos, Sócio-Diretor da RR Soluções em Contabilidade e Finanças , escritório de contabilidade de São Paulo especializado no processo de abertura de empresas.

De acordo com Ramos, os números atuais são empolgantes para a economia, mas precisam ser melhor trabalhados para que possam dar frutos no futuro de médio a longo prazo.

“Ver um disparo no número de formalização de novas empresas é muito positivo. Atualmente, as micro e pequenas empresas já correspondem a 99% de todas as empresas privadas no país e a 30% do PIB. Contemplar o crescimento desse número dá mais capilaridade para a economia nacional, sem dúvidas”, reflete Ramos. “No entanto, é preciso ter cuidado. De acordo com o Sebrae, 50% de todas as empresas nacionais quebram em 4 anos, ou seja: sem saber como gerir um negócio, é possível que muitas dessas novas empresas venham a fechar em pouco tempo”, conclui.

De fato, um estudo do Sebrae mostra que metade de todas as empresas novas no Brasil acabam fechando as portas em 4 anos de trabalho. As razões para isso são muitas, partindo da má gestão até enfrentar o azar de iniciar um negócio no pior momento possível para isso. De acordo com o pessoal da RR Soluções, é possível estar do lado certo dessa métrica.

“Grande parte das empresas que fecham as portas são consideradas ‘tragédias anunciadas’, por assim dizer. Muitos erros são cometidos logo no início do empreendimento e acabam por minar todo o projeto em médio e longo prazo. Muitos empreendedores escolhem o Simples Nacional como regime tributário, por exemplo, sem sequer fazerem as contas e verificarem se ele realmente é a melhor opção, embora o seja na maior parte dos casos. No entanto, dependendo dos gastos com folha de pagamento e insumos, pode ser mais interessante optar pelo Lucro Presumido ou Real. Assim, os impostos maiores do que os realmente devidos vão consumindo os lucros da empresa”, explica o consultor.

Além de escolher o regime tributário correto, existem outros cuidados que podem ser adotados no início da formalização da empresa, que ajudam a aumentar as chances de um futuro promissor. Um deles, de acordo com o consultor, é ter um plano de negócios estratégico.

“É absolutamente essencial pensar no empreendimento de forma estratégica e fazer um plano de negócios completo abordando o mercado, o produto, precificação, como crescer, em qual ritmo e muito mais. Certamente não há muito tempo para fazer isso em um cenário como o atual, em que o empreendedorismo nasce da necessidade, mas ter um plano desses ajuda a guiar o caminho para um crescimento sustentável e duradouro”, explica.

Por fim, o especialista da RR Soluções afirma que existe um segredo compartilhado pelas empresas que costumam passar por esse “gargalo” de 4 anos e ter uma vida próspera: o cuidado com a contabilidade.

“Trabalhar com a contabilidade de maneira estratégica, especialmente usando as tecnologias da Contabilidade Digital, é uma das principais ferramentas para aumentar as chances de sucesso. Em primeiro lugar, a Contabilidade Digital é mais barata do que a tradicional, o que já reduz custos da empresa. Em segundo lugar, automatizar tarefas e ter o apoio da Inteligência Artificial na sua visão estratégica aumenta muito a produtividade da empresa, especialmente se ela for de micro ou pequeno porte. Afinal, libera o empreendedor da necessidade de cuidar das tarefas contábeis, como emitir nota ou processar a folha de pagamento, por exemplo, e permite que ele possa investir seu tempo no que é realmente produtivo”, explica Renato Ramos.

Portanto, quem está começando uma empresa agora, especialmente por causa das necessidades da pandemia, deve ter alguns cuidados para iniciar a jornada com o pé direito e aumentar as chances de sucesso.

“Sem dúvida. Iniciar a sua empresa com uma parceria confiável e com alguém que ajude a mostrar o caminho das pedras é essencial para estabelecer fundações sólidas. Sem isso, não dá para construir sucesso em longo prazo”, conclui o sócio-diretor da RR Soluções.

Website: https://consultoriarr.com.br/

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