Empresa de locação de equipamentos anuncia investimentos de R$ 150 milhões
Com filial em Contagem (MG), empresa líder brasileira no segmento de locação de geradores de energia, torres de iluminação e compressores de ar supera as dificuldades no período da pandemia e deve registrar crescimento de 5% neste ano
A empresa A Geradora —líder brasileira no segmento de locação de geradores de energia, torres de iluminação e compressores de ar— voltou a investir em equipamentos e na ampliação do quadro de colaboradores. Neste ano, a empresa já destinou R$ 25 milhões à aquisição de novos equipamentos para ampliar o parque que, atualmente, inclui cerca de 5 mil máquinas para locação. O montante faz parte de um plano de investimentos de R$ 150 milhões, até 2023, motivado pelos sinais de retomada dos negócios nas áreas de infraestrutura e industrial.
Mesmo com a pandemia, em 2020, a A Geradora ampliou o quadro de funcionários em 10% nas 15 filiais que mantém em 13 estados do país e se prepara para atender a demanda crescente de setores que têm retomado os negócios, entre eles infraestrutura, mineração e indústria. A empresa espera faturar cerca de R$ 160 milhões neste ano e investiu para crescer ainda mais em 2021. “Depois de sete anos enfrentando um cenário de retração econômica, sobretudo no setor de infraestrutura com a paralisação de grandes obras, voltamos a investir e estamos com excelentes expectativas de crescimento para este e para os próximos anos”, afirma o diretor comercial e de Marketing da A Geradora, Candido Terceiro. A empresa também realizou investimentos no setor de TI próprio com a aquisição de equipamentos de informática e aumentou os recursos para marketing digital.
Cenário de recuperação
Entre 2014 e 2016, a empresa obteve crescimento expressivo devido à conquista de contratos de grandes realizações, entre eles a Copa do Mundo no Brasil, os eventos pré-olímpicos e as Olimpíadas. A partir de 2017, houve uma grande reestruturação da companhia para se adequar ao novo cenário de estagnação econômica do país. Para equilibrar o caixa e seguir gerando receita, os investimentos foram reduzidos, a fim de obter a estabilidade para preparar a empresa para uma nova fase de crescimento.
Já nos últimos dois anos, o trabalho da A Geradora se concentrou em aplicar sua participação em mercados de serviços, comércio e indústria, além dos grandes eventos e shows internacionais realizados no país em 2018 e 2019: a empresa esteve presente no Lolapalloza, turnê Roger Waters e no Fórum Mundial da Água. No entanto, com a pandemia de Covid-19, o setor de entretenimento foi um dos que mais sofreu em função da interrupção dos eventos e shows. Segundo pesquisa da empresa de auditoria e consultoria PwC, a indústria global de entretenimento e mídia terá a queda mais acentuada na receita neste ano em 21 anos de história da pesquisa, com um declínio de 5,6% em relação a 2019: cerca de US$ 120 bilhões em termos absolutos. “Aguardamos o retorno dos eventos presenciais no pós-pandemia para que nossa atuação nesse setor volte a crescer”, declara o diretor.
Esses fatores fizeram com que a A Geradora retomasse o foco em setores que são considerados os vetores de crescimento do país —infraestrutura, mineração e indústria— e que estão se reestruturando, com boas expectativas para este ano. As previsões econômicas demonstram que o setor de infraestrutura apresentará, nos próximos anos, o maior crescimento visto na última década. A expectativa do governo federal, por exemplo, é de gerar cerca de R$ 250 bilhões em contratos até o final de 2022 e realizar 100 leilões de concessões. “Quando há investimentos em grandes obras de infraestrutura, todo o país volta a crescer, pois isso movimenta uma série de outros segmentos. Atualmente, temos observado a retomada dos investimentos em obras menores e regionalizadas, o que tem sido fundamental para o nosso crescimento, uma vez que todas as nossas filiais estão em atividade”, declara Candido Terceiro.
Ele afirma que muitas indústrias —que operaram normalmente durante a pandemia por serem consideradas serviços essenciais— estão, neste período, fazendo as chamadas “paradas de manutenção” e, para isso, estão contratando os serviços da A Geradora. Outro setor que vem apresentando crescimento vertiginoso, e que está com expectativas positivas para os próximos anos, é o da construção civil. Segundo projeção divulgada pelo Banco Central, no segundo trimestre deste ano, a recuperação dos indicadores do setor motivou revisão para cima nos índices da indústria.
Expectativas positivas
O mercado de locação no Brasil conta, atualmente, com 19 mil empresas e uma capacidade de geração de empregos diretos da ordem de 250 mil, segundo a Analoc (Associação Brasileira dos Sindicatos e Associações Representantes dos Locadores de Equipamentos, Máquinas e Ferramentas). De acordo com a entidade, o setor está em franca recuperação e a expectativa é de que, neste ano, haja um aumento na demanda e na geração de negócios.
A perspectiva do sindicato está em consonância com a da A Geradora para os próximos anos. Durante a recessão, a empresa fez a lição de casa e reduziu os custos de manutenção e endividamento a níveis internacionais. Além disso, “a grande capilaridade e experiência da empresa em grandes obras e projetos tornam o cenário perfeito para o crescimento sustentável do negócio”. “Possuímos um grande leque de atuação e isso nos dá, além de expertise para atender grandes clientes, equilíbrio no mercado, uma vez que, caso um setor esteja com menor demanda, podemos fornecer nossos serviços para vários outros”, revela Candido Terceiro.
Ele também aponta como fator relevante para a contratação dos serviços da A Geradora as vantagens da locação para os clientes. “As empresas não precisam destinar investimentos para a manutenção de equipamentos próprios e a contratação de colaboradores para realizar esse serviço específico. É uma preocupação a menos e uma redução nos custos finais, o que configura para nós uma boa oportunidade de crescimento.”