A importância da representação técnica no desenvolvimento de políticas públicas

Adriano Manetta* 

O setor imobiliário movimenta importante parcela da economia brasileira e exige expressiva atenção em função dos relevantes aspectos sociais, sendo um dos principais motores da geração de empregos no país. Nesse sentido, é fundamental haver uma representação do segmento nas esferas municipal, estadual e federal, a fim de estabelecer diálogo construtivo com o governo e demais organizações da sociedade. O objetivo é formular e acompanhar políticas públicas que promovam o desenvolvimento sustentável e a inovação na atividade.

Ao longo dos anos, a Câmara do Mercado Imobiliário e Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI/Secovi-MG) conquistou assento e credibilidade técnica em fóruns de interesse do setor, particularmente nas instâncias deliberativas. O mais recente deles é a participação no Conselho Municipal de Política Urbana (Compur) de Contagem, órgão responsável pelo planejamento urbano do município e que vai debater a revisão do Plano Diretor da cidade. Contagem é a terceira economia de Minas Gerais, com um Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 20 bilhões. O projeto chega para equilibrar a demanda habitacional, proteção ambiental e expansão territorial do município.

A iniciativa tem a participação ativa de diversos setores, agindo de maneira articulada em busca do desenvolvimento sustentável e soluções inteligentes para a melhoria urbana de Contagem. Com mandato de dois anos, o papel da CMI/Secovi-MG é manter um canal aberto entre o órgão público e a sociedade para entender a realidade do município e o que precisa ser considerado na revisão da legislação urbana. A função dos conselheiros da entidade nesse processo será justamente ouvir as demandas e necessidades e construir soluções eficientes para os problemas da cidade junto ao governo municipal.

Nos últimos anos, grandes investimentos estão migrando para a cidade, principalmente nas áreas de indústria e logística; porém, também há uma forte demanda para o setor imobiliário.  Dados mostram que o município tem muito potencial para crescer e atrair novos investimentos do segmento, que potencializam o desenvolvimento econômico e social da cidade. A demanda está aquecida, mesmo diante da pandemia de Covid-19. Só em março deste ano, as vendas de imóveis em Contagem foram 20% superiores às do mês anterior, segundo pesquisa do Instituto Data Secovi.

Essa composição do Compur, com ampla participação dos mais variados representantes dos setores produtivos de Contagem, traz subsídios não só para os governantes mas também dá voz para a sociedade. Por meio do desenvolvimento econômico, mais empregos, renda e oportunidades surgem para os moradores da cidade. Isso mostra a importância de manter o diálogo com os diversos segmentos, como forma de expor nosso posicionamento e para a contribuição na revisão do Plano Diretor municipal. Entre os principais objetivos, o projeto pretende trabalhar a questão da região da Várzea das Flores, que possui muito potencial para o desenvolvimento urbano em uma região de grande sensibilidade ambiental.

Essa é uma representatividade importante para todo o segmento, por meio da qual a CMI Secovi-MG consegue elevar a importância da atividade para a sociedade. A participação em órgãos como o Compur reforça o protagonismo do segmento e busca avançar o debate de temas centrais para a cadeia produtiva da habitação, sempre com posições firmes e consistência técnica, baseados em estudos e pesquisas científicas. O objetivo da entidade é se colocar como uma interface de discussão entre o mercado imobiliário, a população e o governo municipal.

* Adriano Manetta é vice-presidente da área das Loteadoras da Câmara do Mercado Imobiliário e Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI/Secovi-MG) e conselheiro titular no Compur de Contagem

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