O que é o sonambulismo? Informações sobre esse transtorno do sono

Diadema, SP 10/12/2020 – Estima-se que cerca de 1 a 15% da população mundial tenha tido pelo menos um episódio de sonambulismo.

Levantar-se da cama, andar pela casa ou praticar algum tipo de atividade enquanto ainda está dormindo: esses são alguns comportamentos que podem ocorrer durante um episódio de sonambulismo.

Mas afinal, o que é o sonambulismo? Segundo o Dr. Drauzio Varella, esse transtorno se caracteriza pela realização de atividades motoras sem a pessoa ter consciência plena do que está fazendo, uma vez que parte de suas funções cerebrais continua adormecida, e ela permanece num estado de transição entre o sono e a vigília.

O sonambulismo é classificado como uma parassonia. De acordo com a Dra. Leticia Santoro Azevedo Soster, neurofisiologista do Hospital Israelita Albert Einstein, parassonias são comportamentos episódicos, não desejáveis ou desagradáveis que ocorrem no início do sono, durante o sono ou no despertar.

Os episódios normalmente acontecem uma ou duas horas depois que a pessoa adormeceu. Costumam durar poucos segundos podendo se estender até meia hora e terminam quando a pessoa acorda ou volta para cama para continuar dormindo. Geralmente, na manhã seguinte, o sonâmbulo não se lembra do que aconteceu à noite ou lembra muito pouco, podendo ter amnésia total ou parcial.

Embora os casos sejam mais comuns em crianças de até 12, 13 anos, adultos e idosos também podem ser afetados por esse tipo de transtorno do sono. O que se sabe é que no sexo masculino a manifestação é maior.

As causas exatas do sonambulismo ainda não foram esclarecidas, porém algumas condições contribuem para a sua manifestação. Segundo estudos, entre esses fatores estão: componentes genéticos, privação do sono, distúrbios respiratórios (apneia do sono e asma) e psiquiátricos (depressão e ansiedade), consumo excessivo de álcool, medicamentos que interferem no sono, entre outros.

De acordo com especialistas da Clínica Distúrbios do Sono de São Paulo, o sonambulismo não requer tratamento, a não ser que esteja ocorrendo numa frequência preocupante, ou a pessoa esteja sofrendo ou causando lesões em outras pessoas. Nesses casos, o recomendado é que procure um especialista.

 

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