Revolução Industrial Verde avançará em direção às energias renováveis
São Paulo – SP 10/3/2021 – O Brasil aparece na posição 17 entre 30 grandes economias no ranking de estímulos verdes do relatório da consultoria Vivid Economics.
Soluções mais limpas e ecológicas se tornarão cada vez mais competitivas em comparação com as tecnologias atuais.
Os países estão investindo cada vez mais nas fontes de energia mais limpa, ou seja, aquela gerada sem a emissão de poluentes, com o mínimo de prejuízo à natureza, como a energia solar, energia eólica e hídrica, por exemplo. Elas poderão ser capazes de suprir as necessidades da população no futuro. Não será mais preciso depender dos combustíveis fósseis.
“No Brasil as emissões provenientes da geração de eletricidade tiveram a maior porcentagem de aumento (7%), devido a uma nova queda da geração de energia em hidrelétricas, com o consequente aumento da geração termoelétrica a combustível fóssil (9%)”, salienta Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News & Negócios (www.revistaecotour.news).
Apesar disso, as fontes renováveis não hídricas (eólicas, térmicas a biomassa e solares) continuam subindo de maneira consistente e estão praticamente empatadas em geração com as fontes fósseis.
O primeiro-ministro britânico Boris Johnson anunciou um ambicioso plano batizado de Revolução Industrial Verde, que promete gerar 250 mil empregos no país. Segundo o governo do Reino Unido, o projeto terá como alicerce os pontos fortes da economia e da indústria britânicas e receberá 12 bilhões de libras esterlinas em recursos públicos, com a expectativa de que o setor privado mobilize adicionalmente o triplo desse montante até 2030. Entre os temas principais de investimento estão as energias renováveis, o setor de transporte, a natureza e as tecnologias inovadoras.
“Este anúncio também é parte da preparação do país para sediar a próxima Cúpula Climática da ONU – COP26 – que foi cancelada em razão da pandemia no ano passado e, agora está prevista para acontecer em novembro de 2021, na cidade escocesa de Glasgow”, relata Vininha F. Carvalho.
“Meu Plano de Dez Pontos irá criar, apoiar e proteger centenas de milhares de empregos verdes, ao mesmo tempo em que avançará em direção ao zero líquido até 2050”, afirma o premiê britânico.
– Os dez pontos principais do plano são:
• Ventos offshore: produção de energia eólica offshore (em alto mar) suficiente para alimentar todas as residências, quadruplicando a capacidade atual de 40GW até 2030, o que pode gerar até 60.000 empregos;
• Hidrogênio: gerar 5GW de capacidade de produção de hidrogênio de baixo carbono até 2030 para a indústria, transporte, energia e residências, e visando desenvolver a primeira cidade aquecida inteiramente por hidrogênio até o final da década;
• Nuclear: investir em energia nuclear como uma fonte de energia limpa, e desenvolver a próxima geração de reatores pequenos e avançados, o que poderia gerar 10.000 empregos;
• Veículos elétricos: apoiar bases de fabricação de automóveis em West Midlands, North East e North Wales para acelerar a transição para veículos elétricos, e adaptar a infraestrutura nacional. A indústria automobilística britânica já fabrica uma proporção significativa de veículos elétricos na Europa.
Haverá uma consulta pública, ainda sem data definida, sobre a eliminação progressiva de novos veículos pesados a diesel, com a meta de liderar em nível global o frete de emissão zero. Boris Johnson confirmou também que o Reino Unido encerrará a venda de novos carros e vans a gasolina e diesel até 2030, dez anos antes do planejado;
• Transporte público, ciclismo e caminhadas: incentivar viagens de bicicleta e investir no transporte público de emissões zero;
• Jato Zero e marítimo mais verde: apoiar indústrias difíceis de descarbonizar – naval e de aviação – para que se tornem mais verdes por meio do investimento em pesquisa;
• Casas e prédios públicos: tornar casas, escolas e hospitais mais verdes, mais quentes e mais eficientes em termos energéticos, criando 50.000 empregos até 2030, além de uma meta de instalar 600.000 bombas de calor a cada ano até 2028;
• Captura de carbono: buscar a liderança mundial em tecnologia para capturar e armazenar emissões, com a meta de remover da atmosfera 10MT de dióxido de carbono até 2030;
• Natureza: proteger e restaurar o ambiente natural, plantando 30.000 hectares de árvores a cada ano, o que deve gerar milhares de empregos. Para a proteção das paisagens icônicas da Inglaterra serão criados novos parques nacionais;
• Inovação e finanças: desenvolver as tecnologias de ponta necessárias para atingir essas novas ambições energéticas e fazer da cidade de Londres o centro global das finanças verdes.
O Brasil aparece na posição 17 entre 30 grandes economias no ranking de estímulos verdes do relatório da consultoria Vivid Economics. O relatório destaca o efeito potencialmente transformador da presidência dos EUA sob Joe Biden. O bom desempenho de Canadá, China, Índia e Reino Unido.
“No Brasil, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) tem apoiado fortemente o financiamento da infraestrutura de energia eólica. O BNDES emitiu US$ 203 milhões em bônus verdes em outubro de 2020 que podem atrair até US$ 34 bilhões até 2029”, enfatiza Vininha F. Carvalho.
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