Qual o futuro do trabalho remoto: Coworking, Business Center ou Co-Headquarters?
Rio de Janeiro 26/11/2020 – A verdade é que as sedes de empresas, em espaçosas lajes comerciais, que já apresentavam alta vacância antes do Covid, e terão que se readequar.
Perspectivas do trabalho em casa, à distancia ou remoto e o futuro dos escritórios – o working anywhere combinado com o uso de sedes compartilhadas para empresas e uso para reuniões, atendimento e treinamento da equipe, vacância e redução de tamanho dos escritórios físicos.
Os negócios e o consumo exigem cada vez mais a conexão da presença física com a virtual. O trabalho a distância (Home Office) que já era realidade, cresceu e apareceu com a Covid-19, devendo ser mantido mesmo após a pandemia.
Dados do Salariômetro (1), da Fipe, em relação aos empregos formais, aqueles onde há acordo com os sindicatos, corroboram com esta hipótese. O volume de negociações de convenções coletivas firmadas com cláusulas sobre home office saltou de 2,4% em 2019 para 15,9% em 2020, ou seja, um aumento de 6,6 vezes!
Adicionando-se a estes, a massa de trabalhadores autônomos, informais, MEI, micro e pequenos empreendedores, que são em quantidade superior aos empregados registrados, o resultado é um percentual bem maior de pessoas que aderiram ao trabalho virtual.
Considerando estes dados, há consenso entre especialistas que, pelo menos, 20% da força de trabalho permanecerá no trabalho remoto pós-pandemia.
É importante notar que essa tendência não é local, mas global. O professor da NYU Stern, Scott Galloway, em interessante apresentação via YouTube – “The Remote Work Revolution- The Prof G Show”, com base em dados dos EUA, comenta o esvaziamento dos escritórios corporativos em San Francisco, e entende que esta vacância será permanente. Como desdobramento, prevê o aluguel temporário de escritórios e a plataforma Airbnb ingressando neste novo negócio.
Pode até acontecer, mas no Brasil, sedes de empresas são legalmente obrigadas a ter um local físico perene, que conste nos Estatutos ou Contratos Sociais, além de Alvarás Municipais, inscrições federais, estaduais etc.
A verdade é que as sedes de empresas, em espaçosas lajes comerciais, que já apresentavam alta vacância antes da Covid-19, e terão que se readequar. Então surge a necessidade de lugares apropriados, com custo reduzido e variável para a sede de empresas, com salas de reunião, atendimento, treinamento e trabalho em equipe.
A visão de futuro é as empresas manterão sedes compartilhadas (Co-Headquarters) em conjunto com colaboradores trabalhando de casa, em pequenos coworkings próximos as suas residências ou em seus próprios prédios (alguns lançamentos imobiliários estão alocando plataformas de trabalho no espaço que antes era destinado ao tradicional salão de festas).
Com esta visão, o consultor Paulo Hazan da Fonseca, que em seus 37 anos de experiência, introduziu diversas empresas estrangeiras, da área do petróleo, de serviços, e, recentemente do agronegócio, ao mercado brasileiro, criando toda a estrutura legal e aprovação das questões regulatórias, resolveu complementar suas atividades com a criação da ReadyCo.
Bill Gates, o fundador da Microsoft, expos recentemente, visão semelhante, em seu podcast prevendo que empresas poderão compartilhar um escritório, (2) “Acho que as pessoas vão menos para o escritório. Você pode até mesmo dividir os espaços com uma empresa em que os funcionários usem em dias ou horários diferentes”, sugere.
Inaugurada agora em novembro, no bairro mais central e estratégico da zona sul do Rio – o Humaitá – polo gastronômico, sede de startups e fundos de investimentos, a ReadyCo veio para atender esta demanda, o business anywhere, com apoio da sede física do negócio, proporcionando um atendimento a clientes com credibilidade e flexibilidade.
Pensada pelo seu fundador, para empreendedores e empresas estrangeiras que precisam ser guiadas nos seus primeiros passos, que passam a ter à disposição todos os serviços de back office, que incluem além da disponibilização das salas, secretária, recepção, atendimento telefônico, gerenciamento de correspondências, contabilidade, assessoria jurídica, tudo o que for necessário para suplantar a burocracia em torno da abertura e manutenção da empresa, em seu início para as pequenas e na abertura de filiais e desenvolvimento de negócios para as estrangeiras e as de alcance nacional.
Com o espaço para sede e os serviços especializados da ReadyCo os empreendedores podem se focar somente na operação reduzindo custos e suplantando a burocracia para alavancar seus negócios.
Dependendo da demanda, pelo que denominou Co-Headquarters, Paulo já tem planos de criar outros espaços: São Paulo, mais um na zona sul do Rio e um hub na Europa, em Lisboa.
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(1) Salariômetro,http://salariometro.fipe.org.br/, pesquisa mensal sobre mercado de trabalho publicada pela FIPE.
(2) Extraído do site Conteúdo Pequenas Empresas, Grandes Negócios.
Website: http://www.readyco.com.br