Minas Gerais registra aumento superior a 100% na quantidade de fusões e aquisições
No primeiro trimestre, número de transações no estado acompanhou tendência de crescimento do país, que também registrou recorde, com volume 50% maior que no mesmo período do ano passado
O mercado de fusões e aquisições está aquecido em Minas Gerais. No primeiro trimestre do ano, o volume de transações cresceu 127%: de 11 negócios, em 2020, para 25 em 2021. O volume registrado acompanhou o recorde do mercado nacional: no país, foram anunciadas 333 transações, um volume 50% superior em relação ao mesmo período do ano anterior (222 negócios). Os resultados foram divulgados, nesta semana, pela consultoria e auditoria PwC Brasil.
Segundo o relatório, os investidores nacionais seguem na liderança no mercado mineiro, com 21 transações, o que representa 84% do total de negócios anunciados no mesmo período do ano passado. Minas Gerais é o segundo estado com maior volume de fusões e aquisições de empresas, representando 7% do mercado, empatado com Rio de Janeiro; São Paulo teve 50% dos negócios.
Em março, foram realizadas 12 operações envolvendo empresas mineiras. O relatório mostra, entre elas, a aquisição da VipCommerce, empresa de Belo Horizonte (MG) que desenvolve plataforma de comércio eletrônico para o varejo de alimentos, pelo Magazine Luiza, sem valores anunciados. Outros negócios de destaque foram as aquisições da Casa Mineira pela Quinto Andar e da Supermassa do Brasil pela Sika.
Número de operações no país bate recorde
Nos três primeiros meses do ano, o volume de fusões e aquisições no país ficou 50% acima da média do mesmo período de 2020. Somente em março, foram anunciadas 145 transações, volume 169% superior ao mesmo mês de 2020 (54 transações). Segundo o relatório da PwC Brasil, o resultado reforça a tendência de forte crescimento no volume de transações, com potencial de superar o recorde de 1.038 transações do ano passado.
O setor de TI se manteve na liderança, com 159 transações no primeiro semestre: 48% do total transacionado. O resultado representa um crescimento de 130% em relação a 2020, quando foram realizadas 69 transações. Na segunda posição dos negócios registrados, está o setor de serviços auxiliares, que teve um crescimento de 65% em relação ao mesmo período no ano anterior, com 28 transações, e corresponde a 8% do total transacionado. Destaque, ainda, para o volume de negócios no setor de serviços públicos, que registrou crescimento de 7% em relação a 2020, com 16 negócios contra 15 no ano anterior, o que corresponde a 5% do total transacionado no país.
O primeiro semestre apresentou um crescimento de 51% do interesse de investidores nacionais (com 252 transações) na comparação com o mesmo período do ano passado, quando os investidores do país concretizaram 167 transações. Com isso, as transações envolvendo investidores nacionais representam 80% do total de aquisições e compras anunciadas. Na comparação com 2020, porém, já é possível observar um aumento de 29% com investidores estrangeiros, em 62 transações, revertendo uma tendência de reduções percentuais dos últimos anos.
Analisando os números por regiões, o Sudeste recebeu 65% do interesse do investidor, com 216 transações, apresentando um aumento de 46% em comparação ao ano anterior (148 transações). Segundo o levantamento, no mês de março, foram anunciadas 96 transações no Sudeste, número 134% superior ao volume apresentado em março de 2019 (41 transações).