Setor industrial em Minas projeta crescimento no ano
Indústria de laticínios tem expectativa de crescer 15%
A Pesquisa Indicadores Industriais (Index), da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), indica que o faturamento do setor industrial mineiro avançou pela quinta vez consecutiva. O faturamento da indústria geral cresceu 2,8% em março frente a fevereiro e o indicador geral avançou 21,7% em relação a março de 2020, em decorrência das expansões nos dois segmentos da indústria: extrativo (46,4%) e de transformação (18,1%). No primeiro trimestre, o indicador mostrou elevação de 15,6%, explicada pelos crescimentos nas indústrias extrativa (34,9%) e de transformação (13%). Nos últimos 12 meses, o faturamento aumentou 4,1%.
Especificamente sobre lácteos, segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o setor encerrou 2020 com balanço positivo. Em novembro, o IPCA (índice de Preços ao Consumidor Ampliado), apurado pelo IBGE, indicou queda na cesta de leite e derivados (- 1,02%) depois de meses de elevação, com destaque para o leite longa vida (- 3,47%) e leite condensado (-1,72%). As altas foram registradas na manteiga (1,74%), leite em pó (1,54%), queijo (0,71%) e iogurte e bebidas lácteas (0,38%). O balanço final dos pesquisadores da Embrapa prevê que os produtores devam manter uma margem de rentabilidade satisfatória.
A indústria de laticínios Embaré, que completou 86 anos de história neste mês, acompanha esse movimento. Para 2021, a expectativa é de um crescimento de 15%. Para atingir a meta, a empresa tem planos de expansão para a marca Camponesa principalmente no Sudeste e Nordeste. Em 2020, a Embaré superou os desafios impostos pela pandemia e continuou desenvolvendo um trabalho pautado em investimentos em tecnologia, produtos de qualidade e relacionamento com os clientes. Além disso, assinou contrato de arrendamento de uma nova fábrica em Patrocínio (MG), que desenvolve produtos com a marca Camponesa. Com a aquisição, a empresa aumentou em 16% a capacidade de processamento diário e atingiu a marca dos 2,8 milhões de litros de leite por dia. Com mais duas fábricas em Minas Gerais, localizadas em Lagoa da Prata e Santo Antônio do Monte, as instalações fabris da companhia somam aproximadamente 40 mil m² de área construída.
A companhia avançou no projeto de ampliar a participação no mercado nacional de lácteos com a produção de leite em pó e acompanhar a crescente demanda do produto na região Nordeste do país. De acordo com pesquisa realizada em novembro de 2020 pela Ipsos, líder global de estudos de mercado, a Camponesa está entre as duas marcas de leite em pó mais lembradas nos estados do Norte e Nordeste do Brasil. Comprovando essa alta demanda, com base em dados divulgados pelo Instituto AC Nielsen, a Camponesa, presente hoje em todo o Nordeste, possui significativa fatia de mercado em Pernambuco: 61,9%. No interior do estado, essa participação chega a 72,7% e, em Recife, é de 28,2%, além de estar entre as três primeiras marcas de leite em pó mais vendidas do país.