Conceito de economia circular visa incentivar a adoção de novos hábitos
As mudanças no clima do planeta e na diminuição dos recursos naturais têm preocupado cada vez mais a sociedade, por isso existe a necessidade de implantar as boas práticas na utilização dos recursos naturais.
“O maior desafio é encontrar um modelo de desenvolvimento que não seja degradador. O tema economia circular tem chamado a atenção da humanidade, afinal não se pode mais continuar esgotando os recursos naturais e produzir da mesma forma”, salienta Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News & Negócios (www.revistaecotour.news).
Economia circular é um conceito em que há a associação de desenvolvimento econômico e a melhor utilização de recursos naturais, envolvendo novos modelos de negócios e uma otimização nos processos de fabricação, com insumos que sejam mais duráveis, renováveis e recicláveis.
Na economia circular todo o caminho da matéria prima é pensado, desde o design até o que será feito após o fim da vida útil. As atitudes individuais, também são indispensáveis para diminuir a quantidade de lixo descartada no meio ambiente.
Segundo dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), a produção de lixo domiciliar aumentou 10% em 2020, graças ao isolamento social. Para a Organização das Nações Unidas (ONU) e o Banco Mundial, se o ritmo atual se mantiver em 2050 é estimada a produção de 2,2 bilhões de toneladas de lixo por ano no mundo, o que deve provocar altos custos ambientais. “Por isso, incentivar novos processos e comportamentos em busca de um modelo de desenvolvimento equilibrado é muito urgente”, explica Vinicius Saraceni, coordenador do Movimento Circular.
“Os consumidores possuem grande papel neste contexto, pois ao se tornarem mais preocupados com a questão ambiental poderão impulsionar rapidamente a economia circular”, pontua Vininha F. Carvalho.
Apesar da aplicação de uma economia circular envolver uma mudança estrutural em todo o ciclo produtivo, transformar as perdas e o desperdício de alimentos, ou qualquer tipo de resíduo alimentar, em algo útil novamente e reintroduzi-lo na cadeia de valor é a base deste conceito.
“Viver em harmonia com a natureza, de forma mais sustentável, é o único caminho possível para que haja o suficiente para a sobrevivência das futuras gerações. Para avançar na jornada rumo ao desenvolvimento sustentável é preciso mais que engajamento e propósito. Demanda uma busca pelas melhores alternativas, para assegurar que as atividades sejam executadas de um modo seguro, econômico, eficiente e com o menor impacto ambiental”, conclui Vininha F. Carvalho.