Setor de Serviços tem o maior peso na economia mesmo com pandemia
São Paulo, SP 28/4/2021 – “Esse crescimento mostra o quanto está quente a última milha no país, o e- commerce e as vendas na internet. Esse é o lado lúdico, bonito de se ver”.
Especialista sugere que provedores devem investir em melhor organização no segmento, além da privatização dos Correios
Desde o início da pandemia, a questão econômica é uma das frentes mais afetadas pela crise sanitária. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados em dezembro do ano passado, o setor de Serviços teve o maior peso na economia, apresentando crescimento em todos os segmentos. Transporte, armazenagem e correio representam 12,5% do percentual, uma categoria que continua em expansão neste ano.
“Esse crescimento mostra o quanto está quente a última milha no país, o e-commerce e as vendas na internet. Esse é o lado lúdico, bonito de se ver”, comenta Antonio Wrobleski, presidente do Conselho de Administração da Pathfind, empresa especializada em otimização e redução de custos logísticos.
Em março deste ano, o Banco Central diminuiu a projeção para o crescimento da economia em 2021. A estimativa para o aumento do Produto Interno Bruto (PIB) é de 3,6%. “Crescimento forte na última milha em um mercado achatado, sem dinheiro, carente de financiamentos. Por outro lado, não mostra a desorganização que está esse setor, a falta de preparo que estão os provedores”, destaca o especialista.
Wrobleski também coloca atenção na necessidade de privatizar os Correios, já que o Brasil não tem condições de continuar arcando com os custos de operação da estatal, que é peça vital para o PIB. “Os Correios continuam sendo o maior player brasileiro da última milha. Por isso a importância da privatização, porém com a necessidade da seriedade para fazer esse processo”, explica. Para ele, falta modernização e processos eficientes, resultando em um serviço cada vez mais caro com baixa produtividade.
Tendo em vista o alcance dos Correios – estão em mais de 5 mil cidades brasileiras, o presidente da Pathfind considera que para a privatização será necessário montar uma rede de penetração em todas as cidades do Brasil, além de apostar em grandes investimentos e atualização tecnológica constante e planejada, que tem um custo elevado. “O processo de privatização precisa ser feito com cautela, a partir da criação de órgãos reguladores, garantindo que toda a população seja atendida com mais eficiência e qualidade. Para prestar esse serviço, o primeiro passo é requisitar que a empresa seja multimodal”, completa.
Em tempos de crise sanitária e colapso na saúde pública, a privatização da estatal, com exemplos favoráveis em outros países, pode ser uma alternativa para, ao menos, contribuir com o cenário econômico. “Todas as empresas que trabalham com logística no mundo precisam ter as mais recentes ferramentas tecnológicas, para garantir a qualidade. É essencial que façam investimentos constantes em pesquisa e treinamento. Se houver um processo de privatização bem aplicado nos Correios, acredito que pode melhorar, efetivamente, a situação do nosso país”, finaliza o empresário.
Antonio Wrobleski é presidente do Conselho de Administração da Pathfind. Engenheiro, com MBA na NYU (New York University), também faz parte do Conselho da BBM Logística e sócio da Awro Logística e Participações
A Pathfind é uma empresa brasileira de software para a cadeia logística com especialização em ferramentas de roteirização e otimização inteligente de distribuição de cargas. A demanda por mais inteligência na distribuição de cargas com o aquecimento do e-commerce impulsionou os negócios da Pathfind, que oferece tecnologia para otimização dinâmica das rotas. Desde março, a carteira de clientes cresceu 40% acima do esperado e a previsão de crescimento para 2020, feita em janeiro, dobrou. Atualmente, a empresa atende a mais de 400 clientes, entre eles FedEx, DHL, Votorantim Cimentos, Nestlé e Heineken.
Website: http://www.pathfind.com.br