Gastrite: queimação e dor abdominal são sinais que merecem atenção

São Paulo-SP 15/12/2020 – Confirmado o diagnóstico de gastrite, o tratamento indicado pelo médico especialista pode incluir mudanças nos hábitos de vida e o uso de medicamentos.

Mal estar, azia, dor na parte superior do abdômen, sensação de estufamento, perda de apetite, náusea, vômito e até presença de sangue nas fezes ou no vômito podem ser sinais de gastrite, uma inflamação que ocorre na mucosa do estômago. Ela pode ser superficial e transitória, ocorrendo após alguns excessos alimentares e alcoólicos e, nesse caso, a recuperação costuma se processar espontaneamente após alguns dias, ou crônica, quando vai se instalando aos poucos e demora para ser controlada. Entre os sintomas citados acima, em ambos os casos, os mais comuns são a dor e a queimação no abdômen.

Os principais agentes causadores da doença são: o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, o cigarro e a infecção pela bactéria Helicobacter pylori. O cigarro, em especial, aumenta a produção de ácido no estômago, o que afeta todos os órgãos do aparelho digestivo. O tabaco causa irritação local, altera a formação dos dentes e a mucosa oral, prejudicando a digestão, que começa na boca, com o mastigar dos alimentos. Mas a gastrite também pode ser de origem autoimune, ou seja, quando o próprio corpo produz anticorpos que agridem e destroem as células gástricas do organismo.

O quadro pode ser agravado com a ingestão de alguns alimentos, como café, leite e derivados, frutas cítricas (abacaxi, limão, laranja), chá mate, refrigerantes, embutidos, enlatados, gorduras, chocolate, sal em excesso, frituras e bebidas alcoólicas, e também pelo uso de analgésicos e anti-inflamatórios orais. Por isso, para quem sofre com o problema, é recomendado evitar esses itens. Além disso, deve-se procurar mastigar bem os alimentos e fazer pequenas refeições ao longo do dia.

O diagnóstico da gastrite se baseia no exame clínico e na endoscopia. O exame permite visualizar o esôfago, o estômago e o duodeno (início do intestino delgado) para o diagnóstico de enfermidades como gastrite, úlceras e refluxo. Muitas lesões são, inclusive, tratadas ou removidas durante o procedimento. Por gerar certo desconforto ao paciente, ele é realizado com o uso de um sedativo, mas durante todo o exame as funções cardíacas são monitoradas.

Gastrite nervosa existe?

Estresse, tensão e depressão podem induzir a um fenômeno de “hipersensibilidade visceral” que torna as vísceras, (o estômago no caso) mais sensíveis, simulando sintomas de gastrite.

Ao apresentar sintomas como azia, má digestão e sensação de estômago cheio mesmo depois de ingerir pequenas porções de alimentos, deve-se procurar um especialista. Não é aconselhável se automedicar ou iniciar uma dieta sem consultar um médico.

Sabe-se que, com a pandemia, muitas pessoas, por medo e preocupação, estão deixando de marcar consultas e de realizar seus exames de rotina, o que pode agravar muitas condições de saúde. Para alertar a população sobre a importância de não deixar as outras enfermidades de lado nem interromper o tratamento por conta própria, a Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG) criou a campanha ‘’Não falte às consultas médicas.’’

Algumas enfermidades gastrointestinais necessitam de acompanhamento contínuo, como as doenças inflamatórias intestinais (DIIs). A FBG orienta os pacientes que não estejam se sentindo seguros para comparecer às consultas de maneira presencial que conversem com o seu médico sobre a possibilidade de realizar as consultas à distância (telemedicina).

FBG
Federação Brasileira de Gastroenterologia

Website: http://www.fbg.org.br

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