Colégio mineiro implanta ensino híbrido para a formação integral dos estudantes

Rede de ensino criou projeto que prevê fomentar experimentação, pesquisa e protagonismo das crianças e jovens

A área de educação está enfrentando desafios que impulsionam uma transformação significativa nos processos de ensino e aprendizagem, inclusive com a possibilidade da adoção do ensino híbrido até no pós-pandemia. Com 18 unidades educacionais em Minas Gerais e uma no Pará, o Coleguium Rede de Ensino é uma das escolas que se prepararam para garantir aos alunos uma formação integral, mesclando o presencial e o virtual.

A partir deste ano letivo, os estudantes terão acesso ao Ecossistema de Aprendizagem Inovador (Eai), que tem como objetivo promover uma série de iniciativas para fomentar a experimentação, a pesquisa e o protagonismo das crianças e jovens, além de trabalhar competências relacionadas a inovação, resiliência, comprometimento, autonomia, empatia, trabalho em grupo, entre outras. Entre as propostas do Eai, estão as Eletivas de Inovação, que foram desenvolvidas para abordar temas que extrapolam o currículo básico comum, por exemplo, relacionados ao empreendedorismo, como falar em público, criação de games, mágica, noções de direito e midialogia (estudo dos meios de comunicação e seus reflexos na sociedade e na cultura). As aulas serão 100% digitais e contarão com a participação de especialistas no assunto abordado. O objetivo é desenvolver novas habilidades e competências, como trabalho em grupo, resolução de problemas, inteligência socioemocional, comunicação e criatividade.

O projeto também conta com as Eletivas de Aprofundamento (100% on-line), em que o aluno poderá explorar e desenvolver o seu potencial na disciplina ou tema específico com o que tenha mais afinidade. Como protagonista das escolhas, o estudante vai desenvolver disciplina, resiliência e comprometimento com os objetivos, tendo sempre a mentalidade de crescimento em foco.

Outra proposta do Eai é a Avaliação Formativa Contínua, que consiste em uma série de avaliações, realizadas entre os períodos de provas, com o objetivo de criar um apoio de estudo para os alunos. Dessa forma, será possível identificar lacunas de aprendizado antes da avaliação principal e garantir que esses pontos sejam desenvolvidos. Essas avaliações vão possibilitar aos professores acesso aos dados dos alunos, para que possam identificar sinais de atenção e pontos fortes, possibilitando o avanço dos indicadores individuais de cada estudante.

O Eai também inclui o Projeto Colaborativo, em que tempos de aula serão destinados ao desenvolvimento de atividades em grupo. O objetivo é estimular o trabalho em equipe, o espírito de ajudar um ao outro e a empatia, criando também laços de amizade entre eles. Serão trabalhados temas relacionados às disciplinas eletivas e tradicionais, bem como ferramentas que garantam o estímulo à iniciativa e tomada de decisão.

As redações vão ganhar um novo formato de correção: o virtual. Os alunos poderão digitar ou tirar fotos dos textos produzidos para submetê-los às correções e os feedbacks dos educadores ficarão registrados.

De acordo com a diretora pedagógica do Coleguium, Alessandra Dias, todo o aprendizado de 2020 mostrou a importância de ressignificar a educação e a necessidade de adotar projetos que possibilitem a formação integral dos alunos. “Sem dúvida, a relação do colégio com os estudantes está mudando em proporções significativas e a pandemia acelerou essas transformações. Nossas crianças e jovens dominam as tecnologias e estão inseridos em uma contínua revolução tecnológica e, por isso, a escola precisa se adaptar para atender às necessidades atuais dos alunos”, explica.

A proposta, segundo ela, é justamente o de complementar o ensino tradicional em sala de aula ao incentivar a autonomia do aluno e aumentar o engajamento dele em um propósito. “Nosso objetivo é proporcionar esse ecossistema de aprendizado favorável para que a criança e o jovem desenvolvam, cada vez mais, sua independência, responsabilidade e proatividade. Isso será fundamental para que ele possa administrar os próprios estudos, atuar em sociedade e construir o próprio projeto de vida”, afirma Alessandra.

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